Não tem água pra beber
O rio lama a oferecer
O homem não deu valor
Ao que essa terra fez
Pagamos pra ver
Tanta gente perecer
De fome, sede e pobreza
De castigo e dor
E seca a lama
Não seca a lágrima
É a gota d'água
Do desamor
Da grana certa
Que explora e mata
Não vive peixe
Não nasce flor
Se o marco é o barro seco
O marco na história
Deixar pra trás a estrada
Memória soterrada
Faz o rio brotar na face
Pra ser o marco da dor